Guarulhos, expôs a escalada do poder do crime organizado no Brasil e colocou em xeque a segurança pública no país. O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach (38) investigado por envolvimento com o PCC, havia fechado um acordo de delação premiada e já havia revelado detalhes sobre a facção, mas foi morto de forma brutal, em plena luz do dia no Aeroporto Internacional de São Paulo.
A crescente infiltração do PCC em diversos setores da sociedade é um reflexo da ampliação de seu poder. A facção tem se expandido para dentro do poder público, infiltrando-se em administrações municipais e aumentando sua influência em várias cidades. Nos presídios, o PCC segue controlando as cadeias e comandando ações criminosas de dentro das prisões, enquanto sua rede de tráfico de cocaína se diversifica, atingindo novas rotas internacionais.
A facção tem se envolvido em crimes ambientais, controlando garimpos ilegais na Amazônia, e se infiltrado no futebol brasileiro, usando o esporte como meio de lavagem de dinheiro e ampliação de sua influência. Esses sinais apontam que o PCC, uma das facções criminosas mais poderosas do país, não só domina o tráfico de drogas. Além de estar se expandindo para outros setores da economia e da sociedade, o que torna cada vez mais difícil conter seu avanço.
A morte de Gritzbach é apenas mais um episódio de uma crise de segurança pública que se agrava a cada dia. Com ramificações que vão além do tráfico e do crime comum, o avanço do crime organizado no Brasil representa uma ameaça à estabilidade do Estado e à integridade das instituições.