O julgamento do caso “Playboy da Mansão” em Campo Grande está em andamento devendo se estender por quatro dias. O primeiro dia de audiência foi marcado por um atraso e pelo depoimento de três testemunhas de acusação: dois delegados e um investigador da Polícia Civil. Entre os réus estão Marcelo Rios e Rafael Antunes. Além de Jamil Name Filho, José Moreira, Juanil Miranda e Everaldo Monteiro de Assis, com Jamil Name já falecido.
O delegado Tiago Macedo durante o depoimento revelou que Marcelo Rios teria recebido R$ 50 mil para matar Marcel Colombo, vulgo “Playboy da Mansão”, dentro da prisão. Como isso não ocorreu, o assassinato teria sido realizado após a soltura de Colombo. O delegado mencionou que a organização criminosa pune os pistoleiros que falham em suas missões.
A defesa de Everaldo Monteiro de Assis pediu o desmembramento e adiamento do julgamento, alegando que a perícia dos áudios no inquérito não foi realizada e que o volume de documentos no caso compromete o direito à defesa. A defesa destacou que o inquérito cresceu de 6 mil para mais de 10 mil páginas, dificultando a análise completa.
O promotor Douglas Oldegardo destacou o grande volume de provas contra os réus e afirmou que a apresentação das provas será essencial para garantir uma decisão justa do júri. O juiz estabeleceu restrições no plenário para garantir a ordem e a isenção durante o julgamento, proibindo manifestações e o uso de qualquer material sugestivo de condenação ou absolvição.
Jamil Name Filho será ouvido por videoconferência, enquanto os outros réus estarão presentes no plenário. No total, 19 testemunhas serão ouvidas durante o julgamento.