O transporte coletivo em Campo Grande começou a ser retomado gradualmente na manhã desta quarta-feira (22), após uma paralisação de motoristas do Consórcio Guaicurus. O motivo do protesto foi o atraso no pagamento do adiantamento salarial da categoria. A interrupção parcial afetou principalmente os bairros mais distantes do centro.
De acordo com Demétrio Freitas, presidente do STTCU, a paralisação teve início nas primeiras horas do dia e terminou por volta das 6h30. Ele afirma que o movimento foi um alerta e que, caso o pagamento não seja efetuado, uma paralisação total pode ocorrer na próxima segunda-feira (27).
Durante o retorno das atividades, usuários relataram superlotação nos ônibus e dificuldade para conseguir transporte alternativo. Aplicativos de carona registraram aumento nos preços, com casos de corridas custando até R$ 80, como relatado por uma trabalhadora do Jardim Centenário.
A situação gerou atrasos e reclamações de passageiros. Muitos foram surpreendidos ao chegar nos pontos de ônibus e não encontrarem coletivos circulando. Fiscais informavam sobre a previsão de retorno por volta das 6h30, o que foi confirmado pelo sindicato.
A paralisação evidenciou a dependência da população pelo transporte público e os impactos imediatos de greves na mobilidade urbana. A situação se agrava diante de problemas judiciais enfrentados pelo Consórcio Guaicurus.
A empresa foi condenada a pagar R$ 59,8 mil por irregularidades no transporte coletivo, além de possíveis custas processuais. O consórcio, que detém contrato de R$ 3,4 bilhões, ainda ameaça romper contratos de vale-transporte com empresas, caso continue sendo penalizado.