No último domingo (21), manifestações em todas as capitais pressionaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que protege parlamentares de investigações e a anistia para Jair Bolsonaro. A aprovação acelerada dessas medidas, articulada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, em acordo com bolsonaristas e Centrão, expôs a Câmara a críticas e desgaste político.
O Centrão busca blindar parlamentares investigados no Supremo Tribunal Federal, enquanto o bolsonarismo luta pela anistia ao ex-presidente. A junção das pautas, que facilitava a tramitação, acabou gerando repercussão negativa, enfraquecendo a articulação e reduzindo as chances de aprovação no Senado.
Até aliados de Bolsonaro reconhecem que atrelar a anistia à blindagem foi um “tiro no pé”, prejudicando ambas as propostas. A estratégia ampliou a impopularidade das medidas e reforçou a imagem de que a direita tentou proteger interesses próprios, o que pode comprometer a continuidade dos projetos.