O tráfico de partes humanas em Serra Leoa tem gerado medo e revolta entre famílias locais. Em Makeni, o caso do menino Papayo, morto aos 11 anos, evidencia a brutalidade de crimes ligados a rituais de juju, onde órgãos e membros são vendidos para fins místicos.
Investigadores da BBC encontraram praticantes que se oferecem para fornecer partes humanas, relatando clientes poderosos na região da África Ocidental. A escassez de recursos da polícia e a crença enraizada em bruxaria dificultam a investigação e aumentam a impunidade. Organizações de curadores tradicionais denunciam a ação de indivíduos “diabólicos” que mancham a reputação da medicina tradicional.
O país, com apenas um médico patologista para milhões de habitantes, enfrenta desafios extremos para coletar evidências e levar criminosos à Justiça. As famílias das vítimas permanecem em luto e exigem respostas em um sistema sobrecarregado e muitas vezes ineficiente.
