Adolescente de 13 anos é internada após ingerir soda cáustica por engano em escola estadual na Vila Nambi de Jundiaí/SP. A Seduc-SP informou, em nota enviada na terça-feira (13), que os professores envolvidos no ocorrido serão afastados.
Segundo a mãe da vítima, Luciana Sousa, o acidente aconteceu no dia 28 de junho quando a jovem participava de uma atividade escolar envolvendo diferentes tipos de alimentos. A menina ingeriu o líquido, que é transparente, achando que estava tomando água.
“Em uma das apresentações, a professora diluiu hidróxido de sódio e colocou em cima da mesa, em diversos copinhos de café. O líquido, que é transparente, não estava sob supervisão de ninguém, então minha filha tomou achando que era água”, relatou a genitora.
A garota começou a pasar mal e mesmo com os sintomas a professora reafirmou que havia água dentro do copo, sem prestar nenhum tipo de socorro. Ao chegar em casa, Luciana se deparou com o corpo da menina com coloração amarela. Ela expeliu bastante espuma, lembra a mãe.
“Fiquei muito desesperada quando vi minha filha assim. Liguei imediatamente na escola para perguntar o que haviam fornecido para ela e, em resposta, disseram que era apenas chá e guacamole. Levei ela ao Hospital Universitário e informaram que ela havia ingerido soda cáustica”.
Os médicos durante decidiram entubar a adolescente. E após a realização de uma endoscopia, foram constatadas diversas lesões e sinais de sangramentos na região do esôfago. “Quando me falaram que ela seria entubada, eu perdi o chão. O procedimento aconteceu, de acordo com os médicos, como medida de precaução. Na endoscopia, encontraram ferimentos, queimaduras e evidências de sangramentos no esôfago”, explica.
A aluna recebeu alta no dia 29 de junho e segue no tratamento para se recuparar. Contudo a mãe afirma que a escola não prestou qualquer tipo de apoio desde a data do acidente.
“Ela estava se alimento por dieta pastosa até segunda-feira (12). Não passo um dia sem ter dor de cabeça, mal durmo. Estou em choque e preocupada, querendo a recuperação da minha filha. Sequer me perguntaram se eu precisava de ajuda financeira para cuidar dela”, pontuou.
A família registrou um boletim de ocorrência. O caso foi registrado como lesão corporal e está sendo investigado pela Polícia Civil.
NOTA DA SEDUC-SP
Em nota, a Seduc-SP informou que os responsáveis serão afastados da sala de aula e que abriu um procedimento para investigar o caso. A docente temporária terá o contrato encerrado.
“A Diretoria de Ensino de Jundiaí e a direção da unidade estão em contato com a responsável pela aluna para acolhimento e esclarecimentos. Uma equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP), juntamente com um profissional do programa Psicólogos nas Escolas, está pronta para apoiar a aluna no que for necessário”.