O ataque dos EUA, com apoio de Israel, a usinas nucleares iranianas aumentou a tensão no Oriente Médio. Em resposta, o Irã aprovou no parlamento o possível fechamento do Estreito de Ormuz, rota por onde passa cerca de 30% do petróleo mundial e boa parte dos fertilizantes. A medida, embora ainda não efetivada, já pressiona o setor logístico global e o agronegócio.
Segundo a consultoria Markestrat, os gargalos no setor já estavam em curso antes do ataque, com fretes em alta e demanda sazonal se aproximando. A decisão final sobre o fechamento cabe ao líder supremo do Irã. Caso ocorra, a medida pode impactar diretamente Europa, China e Estados Unidos, reacendendo riscos inflacionários.
O estreito é estratégico para exportadores como Arábia Saudita e Catar. Há também receio de que o conflito se espalhe, afetando o Canal de Suez e sistemas de navegação. No Brasil, o agro segue atento: fertilizantes e insumos podem sofrer atrasos e encarecimentos significativos.