segunda-feira, 20/10/2025

Senado pede ao STF liberação de R$ 2,5 bilhões em emendas de comissão

O Senado Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação das emendas de comissão destinadas à Casa, que totalizam R$ 2,5 bilhões. Em uma petição apresentada nesta segunda-feira (30), os advogados do Senado argumentaram que todas as exigências de transparência foram cumpridas e pediram que os empenhos sejam formalizados até o prazo final, nesta terça-feira (31).

Defesa de conformidade

No documento, o Senado enfatizou que seguiu rigorosamente os procedimentos previstos nas normas vigentes para efetivar as emendas. Além disso, destacou que eventuais pendências técnicas ou decisões discricionárias do Executivo não devem ser usadas como justificativa para impedir a liberação dos recursos.

Conflito entre as Casas

O pedido do Senado surge em meio a questionamentos feitos pelo ministro Flávio Dino, do STF, que havia dado dez dias para o Senado prestar esclarecimentos após reclamações da Câmara dos Deputados. A Câmara alegou que suas emendas foram suspensas, enquanto as do Senado, mesmo seguindo um “rito idêntico”, não enfrentaram bloqueios iniciais.

No domingo (29), Dino afirmou que os bloqueios deveriam ser aplicados de forma uniforme e autorizou a execução parcial das verbas suspensas. Ele também destacou que a inclusão do Senado no processo foi motivada por documentos apresentados pela Câmara, que demonstravam que senadores também haviam solicitado a liberação de emendas sob suspeita.

Tensão política

O impasse gerou atritos entre as duas Casas legislativas, agravados pelo inquérito da Polícia Federal, aberto a pedido do STF, para investigar possíveis irregularidades nas emendas de comissão. Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), interpretaram que a investigação teria Lira como alvo, já que ele está em fim de mandato.

O Senado argumentou ainda que cada emenda de comissão foi devidamente identificada com o responsável, mesmo que os documentos mencionassem apenas líderes partidários. A Casa também pediu que a aplicação da Lei Complementar 210/2024, que trata do orçamento, seja válida somente a partir de 2025.

O caso continua gerando repercussão no Congresso, enquanto o STF analisa os argumentos apresentados pelas partes.

*Agência Senado

CATEGORIAS:

Últimas Notícias

Mais notícias

Rodrigo Paz vence eleições e inaugura nova era política na Bolívia

Em um cenário de instabilidade econômica e esgotamento do modelo político vigente, Rodrigo Paz foi eleito presidente da Bolívia neste domingo (19). O senador...

Utilidade Pública de associação de Montese avança na ALEMS

Na sessão desta terça-feira (14), os parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) aprovaram, em primeira votação, o projeto de lei...

Representantes de Israel e Palestina no Brasil comentam plano de paz

Entidades que representam israelenses e palestinos no Brasil se pronunciaram nesta segunda-feira (13) sobre os avanços no plano de paz entre Israel e Hamas....

Entrega de obras em Deodápolis e Glória de Dourados reforça compromisso do Governo de MS com os municípios

Um projeto de transformação. Com este lema, o Governo de Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (17), um importante conjunto de obras em Deodápolis...