O Brasil vive um momento de instabilidade institucional com o impasse sobre o aumento do IOF. Governo e Congresso, convocados pelo STF, não chegaram a um consenso, deixando a decisão para o Judiciário, que não é o poder adequado para legislar sobre o tema. Enquanto isso, o comércio sente os efeitos na prática. O IOF, imposto embutido nos contratos de crédito, encarece o custo para pequenos e médios empresários que dependem de empréstimos para manter estoques e pagar contas.
Com juros altos, inflação persistente e consumo fraco, a elevação do IOF pode agravar a crise do setor. A insegurança jurídica, agravada por liminares contraditórias, dificulta o planejamento dos empresários. A FCDL-MS alerta que essa instabilidade reduz investimentos e restringe o crédito, gerando retração no varejo e aumento da inadimplência.
Além disso, a tentativa de cobrar retroativamente a nova alíquota cria ainda mais risco jurídico e judicialização, que pode travar o comércio brasileiro. Para muitos, o aumento do IOF é um esforço arrecadatório que penaliza quem menos pode pagar, aprofundando a crise econômica do país.