O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), justificou a expulsão de jornalistas do plenário como medida de segurança, após o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupar a Mesa Diretora. Segundo nota da presidência, a Polícia Legislativa retirou assessores, servidores e profissionais de imprensa para proteger os presentes. No entanto, jornalistas relataram agressões durante a ação, que também resultou na interrupção da transmissão da TV Câmara.
A Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) classificou o episódio como grave cerceamento à liberdade de imprensa e destacou que a justificativa de segurança não justifica a violência. A presidente da Fenaj, Samira Castro, criticou a truculência e afirmou que era possível dialogar com os profissionais.
Apesar de Motta ter agendado uma reunião com representantes da imprensa, o encontro foi cancelado por “falta de tempo”.
Nesta quarta-feira (10), jornalistas realizaram ato contra a censura e a violência policial no plenário, reivindicando liberdade de informação e respeito ao trabalho jornalístico.
A Associação Brasileira de Imprensa anunciou ações judiciais contra a presidência da Câmara por agressões cometidas pela Polícia Legislativa.
