Nos últimos anos, São Paulo viu o renascimento de sua cena livreira, com pelo menos 25 novas livrarias independentes abertas desde 2019. A Livraria da Alma e a Livraria Gráfica são apenas alguns exemplos do movimento crescente que se propõe a oferecer espaços especializados e acolhedores, focados em nichos específicos, como psique humana e livros sobre livros.
No entanto, apesar do entusiasmo com o crescimento do mercado, muitos livreiros enfrentam desafios financeiros, especialmente devido à concorrência com as grandes varejistas online, como Amazon. Monica Carvalho, da Livraria da Tarde, e Irene de Hollanda, da Megafauna, apontam que, apesar da paixão pelo negócio, a rentabilidade continua sendo um grande obstáculo.
O segredo para a sobrevivência parece ser a conexão com a comunidade local. Livrarias como a Aigo, no Bom Retiro, e a Simples, no Bixiga, têm se destacado por construir laços fortes com seus públicos, oferecendo eventos e serviços que vão além da venda de livros. Ainda assim, os livreiros são unânimes em defender que um maior apoio governamental e regulamentações, como a Lei Cortez, são essenciais para garantir um futuro mais justo para as livrarias físicas.
