O período de afastamento dos desembargadores e de um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul chegou ao fim, mas o retorno deles aos cargos ainda é incerto. Afastados por 180 dias após a Operação Ultima Ratio, os desembargadores Sideni Sonsini, Wladimir de Abreu, Alexandre Bastos, José Marco de Brito e o conselheiro Osmar Jerônymo foram alvo de investigações por corrupção e venda de sentenças judiciais.
Apesar de a suspensão das funções ter expirado nesta terça-feira (22), o TJMS não confirmou o retorno dos magistrados. A assessoria da Corte não se pronunciou oficialmente. Já o presidente do Tribunal de Contas, Flavio Kayatt, afirmou não ter informações sobre o possível retorno de Jerônymo.
A Operação Ultima Ratio foi deflagrada pela Polícia Federal com apoio da Receita Federal, como desdobramento da Operação Mineração de Ouro, de 2021. A ação apurou crimes como lavagem de dinheiro, extorsão e falsificação de documentos públicos no Judiciário.
Foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão em quatro estados. Na ocasião, os investigados tiveram que usar tornozeleiras eletrônicas, que já foram retiradas. Eles também estão proibidos de deixar o país e entregaram seus passaportes. O caso ainda segue sob análise do Superior Tribunal de Justiça.