Caminhões de ajuda humanitária chegaram a Gaza nesta quarta-feira (15), enquanto Israel retomava os preparativos para abrir a passagem de Rafah, um ponto crucial para o fluxo de suprimentos no enclave. A situação, no entanto, segue delicada devido à disputa sobre a devolução dos corpos dos reféns mortos, que ameaça a estabilidade do frágil acordo de cessar-fogo com o Hamas.
Durante a noite, o grupo militante entregou mais quatro corpos israelenses, embora as autoridades de Israel tenham informado que um deles não seria de refém. A lentidão na devolução dos corpos levou Israel a ameaçar manter a passagem de Rafah fechada e reduzir o fornecimento de ajuda, demonstrando os riscos que envolvem o acordo, que interrompeu dois anos de conflito devastador em Gaza.
Além da questão dos corpos, o cessar-fogo inclui exigências para que o Hamas se desarme e entregue o controle da região, o que o grupo ainda se recusa a fazer. O Hamas, por sua vez, tem reforçado sua presença com repressões internas e demonstrações de poder.
Ainda há 21 corpos de reféns em Gaza, muitos difíceis de localizar devido à destruição causada pela guerra. O acordo também prevê a devolução dos corpos de 360 militantes palestinos mortos, com as primeiras entregas ocorrendo recentemente.
Enquanto isso, o fornecimento de ajuda humanitária, vital para a população sitiada, segue entrando por Rafah e outras passagens, apesar das tensões. Cerca de 600 caminhões de suprimentos, incluindo alimentos, medicamentos e combustível, são esperados diariamente para tentar aliviar a grave crise em Gaza.
Caminhos para a paz e a reconstrução
A estabilização da região dependerá do cumprimento das etapas do cessar-fogo e da negociação sobre o futuro governo de Gaza, incluindo a participação de forças internacionais e a criação de um Estado palestino. O desafio humanitário e político segue enorme, e a comunidade internacional observa atentamente os próximos passos.