A convocação de Cristiano Ronaldo Júnior para a seleção sub-16 de Portugal amplia uma tradição de filhos de craques que seguem os passos dos pais nas categorias de base. O jovem talento joga no Al-Nassr, clube do pai, e já começa a desenhar sua trajetória com a camisa portuguesa. No entanto, nem sempre o destino dos herdeiros é ligado ao país dos pais: Enzo Alves, filho do brasileiro Marcelo, representa a Espanha na sub-16, mostrando como o futebol é cada vez mais globalizado.
Casos como o de Mazinho ilustram bem essa diversidade: o ex-campeão mundial com o Brasil em 1994 viu seus filhos escolherem seleções diferentes. Thiago Alcântara joga pela Espanha, enquanto Rafinha defendeu o Brasil, conquistando a medalha de ouro olímpica no Rio-2016.
A saga dos filhos de Zidane é emblemática: quatro filhos, três países representados. Enzo e Theo vestiram a camisa da França e da Espanha em seleções de base, Elyaz disputou o Mundial sub-20 pela França, e Luca, após jogar pela França, recebeu autorização para atuar pela Argélia, país dos avós.
Outros exemplos incluem a linhagem Maldini na Itália, com Daniel já na seleção principal; a família Kluivert, que soma gerações pela Holanda; Ademir da Guia, herdeiro de um dos grandes zagueiros brasileiros; e os Thuram, com Marcus e Khephren brilhando pela França nas categorias de base e principal.