segunda-feira, 23/09/2024

Estudo revela que mais de 60% dos golpes com pix envolvem valores de até R$ 2.800

Um estudo recente, intitulado Relatório de Fraude Scamscope, revelou que mais de 60% dos golpes aplicados por meio do Pix no Brasil envolvem quantias entre R$ 1 e R$ 2.800. Esses golpes ocorrem quando criminosos conseguem coagir usuários a realizar transferências para contas controladas pelos próprios golpistas ou seus parceiros. A pesquisa foi conduzida pela ACI Worldwide, uma empresa americana de pagamentos, em parceria com a GlobalData.

As projeções do estudo indicam que as perdas com esse tipo de fraude podem atingir US$ 635,6 milhões, cerca de R$ 3,7 bilhões no Brasil até 2027. O relatório destaca que, embora a adoção do Pix tenha impulsionado a inclusão financeira no país, ela também criou um ambiente favorável para golpes cibernéticos.

Principais Tipos de Golpes com Pix

O levantamento aponta as principais formas de golpes envolvendo o Pix no Brasil:

  1. Transferências como adiantamento de pagamento por um produto ou serviço (27%);
  2. Pedido para compra de produto (20%);
  3. Ofertas de investimentos em produtos ou empresas (17%);
  4. Solicitação de pagamento de faturas ou saldos devedores (10%);
  5. Pedidos de transferências por pessoas que fingem estar em um relacionamento amoroso com a vítima (7%);
  6. Solicitações de pagamento por supostos representantes de organizações confiáveis, como a polícia ou a Receita Federal (7%);
  7. Outros tipos de golpes (13%).

Medidas de Devolução em Caso de Fraude

Em resposta ao aumento das fraudes, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) anunciou em junho uma série de reuniões com o Banco Central para aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix. Esse mecanismo facilita a devolução de valores em casos de fraude, aumentando as chances de recuperar os recursos. A nova versão, chamada MED 2.0, está em desenvolvimento e deverá ser ativada entre 2024 e 2026.

Como Utilizar o MED

Se um cliente perceber que foi vítima de um golpe, deve acionar o MED através do aplicativo ou dos canais oficiais de seu banco. A instituição financeira notificará o banco do suposto golpista, que bloqueará os valores disponíveis na conta. O caso será analisado, e se comprovada a fraude, o cliente poderá receber o dinheiro de volta, dependendo do montante disponível na conta do golpista. O MED também pode ser utilizado em casos de falhas operacionais no Pix, como transações duplicadas.

Fonte: Informações da Febraban.

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