Campo Grande enfrenta uma onda crescente de furtos, com 16.608 ocorrências registradas entre janeiro de 2024 e março de 2025 — média de 36 por dia. O Centro lidera com 2.020 casos, impulsionado pelo fluxo comercial intenso e estruturas antigas. Já o Aero Rancho, um dos bairros mais populosos, é o líder fora da região central, com 547 ocorrências.
A criminalidade atinge toda a cidade, dos bairros periféricos aos mais nobres, embora em menor escala nos últimos. No Jardim Autonomista, por exemplo, foram apenas 4 furtos no período. Em contrapartida, bairros como Universitário, Amambaí e Monte Castelo apresentam números altos e crescente sensação de insegurança.
Os principais alvos são veículos (2.044), cabos de fibra óptica (1.959) e celulares (1.779). Mas itens inusitados como cotonetes, foices e mamadeiras também constam nos registros.
A Polícia Militar afirma atuar com patrulhamento constante e basear seu planejamento em dados estatísticos. Ainda assim, a população segue vulnerável, especialmente em regiões com baixa presença policial e precariedade econômica. O governo promete reforço no policiamento, com novas viaturas e soldados, mas moradores cobram ações mais efetivas.