O Ministro do STF, Flavio Dino, ordenou que a PF conclua, em até 90 dias, a investigação sobre supostas propinas ao senador Renan Calheiros (MDB) em um esquema envolvendo contratos fraudulentos no Postalis, o fundo de pensão dos Correios.
O inquérito está em andamento desde 2017 sendo considerado por Dino como um caso de “situação tendencialmente excessiva” devido ao tempo de tramitação. Ele rejeitou um pedido de arquivamento feito pela defesa de Renan, afirmando que a complexidade do caso justifica sua continuidade.
A investigação apura desvios de recursos do fundo em empresas ligadas ao lobista Francisco Emerson Maximiano, conhecido como Max. Segundo a PF, esses valores podem ter sido utilizados para financiar Milton Lyra, que atua como operador de Renan.
O procurador-geral da República defendeu a necessidade de concluir as diligências pendentes, enquanto a defesa de Renan argumenta que não há provas suficientes contra ele e que a demora no inquérito configura constrangimento ilegal.
