O Centro de Educação Especial Inclusiva (CMEEI) da Reme realizou, na tarde desta quinta-feira (11), a II Mostra Cultural, reunindo trabalhos de alunos com indicativo de altas habilidades. O evento, realizado na Rua Treze de Maio, apresentou produções desenvolvidas ao longo do segundo semestre nas oficinas de Linguagem, Ciências, Música, Arte e Tecnologia.
O secretário de Educação, Lucas Henrique, participou da mostra e reforçou o compromisso da gestão com a educação inclusiva. “O bom desempenho do Centro se dá graças ao trabalho da professora Tânia e dos técnicos da educação especial. Nosso único objetivo é atender bem os nossos alunos, pois não há maior alegria do que vê-los avançando na vida”, afirmou.

A coordenadora do CMEEI, Tânia Filiú, destacou que o evento funciona como uma vitrine do processo de aprendizagem, voltado especialmente aos alunos que frequentam o centro no contraturno para desenvolver habilidades específicas. Segundo ela, os alunos recebem estímulos direcionados de acordo com suas potencialidades. “Eles se destacam naquela habilidade e conseguem desenvolver um trabalho bem direcionado. É legal porque há troca entre os colegas, o que estimula ainda mais”, explicou.
Uma das participantes, a aluna Pietra Vitória Martins Santos, encontrou na oficina de pintura uma forma de se expressar. “A natureza conta que eu gosto muito dela e acabo me expressando mais nas flores e nas borboletas”, disse. Ela contou que não imaginava ser capaz de produzir obras tão complexas e que, ao pintar, perde a noção do tempo. “Comecei do nada, fui praticando muitas obras, muitos desenhos diferentes, e isso acabou desenvolvendo muito”, contou, agradecendo o incentivo da professora Rayane.

A mostra também revelou transformações na rotina escolar de alunos após o atendimento especializado. Vivian Carvalho Saraiva, mãe do aluno Davi Wesley, relatou que o filho apresentava comportamentos de inquietude na sala de aula regular por absorver o conteúdo com muita rapidez. Após ser encaminhado ao CMEEI, ele passou a frequentar as oficinas de arte e música. “Ele é outra criança depois das atividades. Melhorou muito, agora faz as tarefas e entendeu que não pode atrapalhar os colegas só porque tem facilidade”, disse.

Aline Rocha de Oliveira, mãe do aluno Cauã Lucas Sieirada Rocha, também observou avanços significativos. Cauã, da Escola João de Paula Ribeiro, frequenta as oficinas de robótica, ciências e artes. “Eu sinto que teve um desenvolvimento muito gratificante”, afirmou, destacando que o filho já demonstrava interesse por desenho desde os quatro anos e que o centro tem sido essencial no processo de avaliação de altas habilidades.
A II Mostra Cultural reafirma que, quando talento encontra oportunidade e direcionamento, o resultado vai além das notas. A experiência reforça a construção da autoconfiança, o desenvolvimento de competências e a ampliação das possibilidades para o futuro dos alunos.
