O relatório semestral do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) aponta em Campo Grande a sequência de um bom momento para a empregabilidade do município. Isso porque, de acordo com a análise do período, é registrado um número maior de contratações, do que dispensas, na escala de 6.307 postos de trabalho no saldo positivo.

“A FUNSAT tem trabalhado para fortalecer a intermediação de mão de obra e ampliar o acesso da população às oportunidades. Esses resultados demonstram que estamos no caminho certo, com ações que aproximam o trabalhador das vagas e qualificações exigidas pelo mercado”, explicou o Diretor-presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho), João Henrique Lima Bezerra.
Instituição que administra o Observatório do Mercado de Trabalho em Campo Grande e uma agência de intermediação de empregos, responsável pela divulgação de nove mil novos anúncios no período. Conforme a Diretoria de Vagas e Emprego o prisma apresentado é positivo neste extrato do ano, no que diz respeito à geração de oportunidades.
“Temos feito um trabalho estratégico junto aos empregadores e trabalhadores, com foco na identificação de perfis profissionais e ocupações mais demandadas. O setor de Serviços, por exemplo, tem absorvido trabalhadores com formação técnica e ensino superior, o que também sinaliza uma transformação no perfil das vagas”, relatou Denize Morais, titular do departamento.
Campo Grande, inclusive, lidera em Mato Grosso do Sul a quantidade de admissões nos primeiros seis meses do ano. Quesito que atingiu 79 mil novos registros, frente a 72.813 desligamentos, o que definiu a diferença dos 6.307 empregos formais do superávit. O Observatório do Mercado de Trabalho da Capital lembra ainda que a movimentação representou um crescimento de 2,55%.
Outro dado relevante do estudo, considerado pelo setor de análises da Funsat, diz respeito à identificação do tempo médio de permanência no emprego, estabelecido em 15,4 meses no município.
Segmentos com proeminência tem liderança de “Serviços “
Entre os cinco grandes setores econômicos avaliados, três prevaleceram como principais geradores de empregos no semestre: Serviços, Construção Civil e Comércio.

O segmento de Serviços foi o mais representativo, sendo responsável por 58% do saldo total de empregos na Capital, com 3.661 vagas criadas. Houve destaque também para as contratações nas áreas de Educação, Informação e Comunicação, além de Atividades financeiras, imobiliárias e administrativas.
Na Construção Civil, o saldo maior para as admissões foi de 1.291 postos criados, impulsionado pelo avanço em obras de edifícios, infraestrutura e serviços especializados, como preparação de terrenos e acabamento.
Na mesma linha, o Comércio também mostrou-se superior nas contratações em 503 vagas, especialmente no segmento atacadista.Completam a lista a Agropecuária, com 439 novos postos, e a Indústria, com saldo de 413.
O Observatório pontua que Campo Grande se manteve como o município que mais gerou empregos formais em Mato Grosso do Sul no primeiro semestre, respondendo por 26,5% do total de 23.738 novas vagas criadas no Estado. Inocência (1.958) e Três Lagoas (1.510) aparecem em seguida no ranking estadual.
Último mês confirma a tendência
No mês de junho, por sua vez, a Capital seguiu com desempenho positivo, no saldo de 366 novos postos de trabalho. O setor de Serviços liderou novamente, com 199 vagas, seguido pela Agropecuária (123), Comércio (50) e Indústria (13). O único setor com saldo negativo no mês foi a Construção Civil, que registrou redução de 19 vagas.