Entre 2010 e 2020, o uso de herbicidas no Brasil cresceu 128%, segundo pesquisa da Embrapa em parceria com a Universidade de Rio Verde. O volume passou de 157,5 mil toneladas para 329,7 mil toneladas, destacando o aumento significativo do uso desses produtos nas lavouras brasileiras. O glifosato, herbicida mais vendido, representa mais de 30% de todos os agrotóxicos comercializados no país.
O uso contínuo do glifosato acelerou a resistência de plantas daninhas, levando agricultores a combinarem vários ingredientes ativos para manter a eficácia do controle. Entre os herbicidas com maior crescimento estão o cletodim, triclopir e haloxifope.
Para evitar o uso excessivo e o surgimento de “super plantas”, o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Sérgio Procópio, indica alternativas como o controle físico com consórcio de culturas, pulverizadores de precisão e o desenvolvimento de bioherbicidas à base de fungos e nanoformulações.
Além disso, Propócio sugere políticas públicas de incentivo para produtores que reduzam o uso químico, com certificações e bonificações para práticas sustentáveis. Essas medidas visam garantir a produtividade agrícola aliada à preservação ambiental.