A greve de analistas tributários e auditores fiscais da Receita Federal, iniciada em novembro de 2024, continua impactando fortemente a economia brasileira. Com a operação tartaruga e paralisações, cerca de 75 mil remessas de importação e exportação estão retidas nas alfândegas, causando atrasos em indústrias que dependem de componentes importados e afetando a produção de empresas em todo o país. A previsão é que o governo deixe de arrecadar até R$ 94 bilhões em fevereiro, devido ao adiamento de julgamentos tributários no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).
A greve foi motivada pela falta de reajuste salarial, com um déficit de 27,46% nos rendimentos entre 2019 e 2024. Apesar de promessas de negociação, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos não cumpriu os acordos, resultando em um impasse que afeta diretamente a economia. O presidente do Sindifisco, Dão Real, e o presidente do Sindireceita, Thales Freitas, criticam a falta de negociação e alertam para as consequências econômicas do impasse. As indústrias também pedem uma solução rápida, alertando que a situação terá reflexos diretos nos preços para o consumidor.