As cotações do café, algodão e laranja começaram setembro sob forte influência do clima e das incertezas na oferta global. Após altas em agosto, o café robusta registrou quedas expressivas na primeira semana do mês, em um movimento de correção técnica e realização de lucros. Especialistas alertam que a volatilidade continuará marcando o mercado, com foco nas próximas safras e condições climáticas.
No caso do algodão, apesar do avanço da colheita em vários estados, os preços seguem pressionados. Mato Grosso, principal produtor, ainda colhe em ritmo mais lento. No mercado interno, a queda foi de 1,88% na última semana. Analistas apontam que a demanda externa, especialmente da Índia, pode dar fôlego ao mercado, mas incertezas tarifárias e logísticas ainda pesam.
Já o setor de laranja vive cenário misto: os preços no mercado físico sobem, mas os contratos futuros caem, refletindo expectativas de maior oferta. A baixa qualidade da safra 2025/26 limita ganhos no curto prazo, e os estoques de suco devem se estabilizar apenas em 2026, pressionando margens dos produtores.