O governo português pode recuar da proposta de endurecer o acesso à nacionalidade, após enfrentar críticas internas e pressões do Brasil. A proposta, prevista para ser votada em setembro, dobra o tempo de residência exigido para brasileiros de 5 para 7 anos e amplia exigências para reagrupamento familiar.
Segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, há dúvidas sobre a aprovação do projeto. Ele reconheceu ao Estadão que a medida é vista como “excessiva” e poderá ser ajustada após debate político.
Na prática, o governo já aprovou parte de um pacote anti-imigração, com apoio da ultradireita. Entre as novas regras estão o fim da entrada sem visto para países da CPLP, como o Brasil, e a criação de uma polícia para deportações.
Atualmente, mais de 500 mil brasileiros vivem em Portugal. A proposta gerou apreensão entre autoridades brasileiras e será tema na cúpula da CPLP.