Março é um mês significativo para refletir sobre o papel da mulher na sociedade, especialmente no mercado de consumo e trabalho. Comemorado no dia 8, o Dia Internacional da Mulher destaca as conquistas e desafios enfrentados pelas mulheres ao longo da história. Já o Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março, reforça a importância das mulheres como protagonistas nas decisões de compra e consumo.
Segundo pesquisa do Dieese, a taxa de participação de mulheres no mercado de trabalho se elevou para 58,3% no mercado de trabalho em 2024, esse crescimento indica uma maior inserção das mulheres no mercado de trabalho.
Mesmo com todos as adversidades, procuramos acompanhar as inovações e não paramos de estudar, a mulher contemporânea se destaca como cidadã engajada, que busca contribuir ativamente para as decisões da sociedade e também busca a espiritualidade, valoriza a família, o autocuidado, investindo em atividades que promovem seu bem-estar físico e mental, como a prática de esportes.
Temos conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho, ocupando posições de liderança e se destacando em áreas antes dominadas por homens. Dados recentes mostram que estudamos mais e acumulamos experiências diversificadas, o que nos torna altamente qualificadas para cargos de chefia. Ressalto que o número de mulheres CEOs e em posições de liderança na administração pública tem crescido, refletindo uma mudança positiva na representatividade feminina.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU destacam a relevância de garantir oportunidades iguais de liderança para as mulheres. Não se trata de uma benesse ou favor pela identidade de gênero, mas de reconhecimento e justiça, que resultam em equilíbrio e ética para a sociedade, beneficiando positivamente a economia.
Dessa forma, políticas que, baseada em dados, como por exemplo o projeto da Secretaria de Estado a qual pertenço que desencadeia ações para promover a permanência das mulheres no trabalho e incentivo ao estudo, além do cuidado com as crianças, beneficia toda a sociedade.
Tais benefícios alcançam o mercado de consumo, onde desempenhamos um papel central, pois somos responsáveis por cerca de 70% das decisões de compra globais e têm um poder aquisitivo significativo. Pesquisas indicam que as mulheres são mais propensas a planejar suas compras, comparar preços e buscar descontos, demonstrando um comportamento de consumo consciente e estratégico. Além disso, as mulheres têm se tornado influenciadoras importantes, compartilhando experiências e moldando tendências de mercado.
Muitas mulheres enfrentam desafios financeiros, como o superendividamento, muitas vezes por acidentes da vida, por causa da condição de ser arrimo de família ou vítima de violência. Apesar disso, não aceitaremos ser estigmatizadas ou sofrer discriminação no ato de consumo. Somos cidadãs ativas que desejamos contribuir com as decisões de consumo.
Enfim, essas datas nos lembram que o protagonismo feminino é essencial para o desenvolvimento econômico e social, pois não apenas impulsionamos o mercado de consumo, mas também lideramos mudanças significativas em nossas comunidades e no mundo. Que março seja um mês para celebrar essas conquistas e continuar promovendo a igualdade e o empoderamento feminino.
Patrícia Mara da Silva – Superintendente da Secretaria-Executiva para Orientação e Defesa do Consumidor da Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD) do Estado de Mato Grosso do Sul. É Advogada, Professora de Filosofia e Especialista em Direito Administrativo com ênfase em Gestão Pública e Direitos Coletivos e Difusos, possui MBA em Gestão Empresarial.