Em entrevista concedida na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Israel não anexará a Cisjordânia ocupada, tentando conter o avanço das tensões após a votação preliminar no Parlamento israelense. A proposta de anexação foi aprovada por 25 votos a favor e 24 contra, em uma sessão que representa apenas o primeiro passo de um processo legislativo mais longo no Knesset.
Segundo Trump, qualquer tentativa de incorporar o território resultaria em perda de apoio americano, o que sinaliza um distanciamento estratégico entre Washington e Tel Aviv. Diversos países, como Espanha, Catar e Turquia, rejeitaram publicamente a proposta israelense, reforçando a preocupação internacional sobre o impacto na estabilidade regional.
Trump reiterou três vezes que “isso não vai acontecer”, destacando ter dado sua palavra a líderes árabes de que a anexação não se concretizará.
Além disso, o presidente norte-americano anunciou planos de visitar Gaza em breve, indicando um possível esforço diplomático para relançar o diálogo de paz.
Na Cisjordânia, a Autoridade Nacional Palestina mantém o controle político parcial, enquanto Israel domina militar e civilmente boa parte do território.
A fragmentação territorial palestina continua sendo um dos principais obstáculos à criação de um Estado viável e soberano. A proposta israelense visava aplicar leis nacionais sobre assentamentos na Judeia e Samaria, formalizando a soberania sobre essas áreas. Com o alerta de Washington e a oposição internacional crescente, o futuro do projeto permanece incerto no cenário político israelense.
