A Polícia Civil de São Paulo desvendou um esquema sofisticado de adulteração de bebidas alcoólicas em São José dos Campos. Um laboratório clandestino foi descoberto onde garrafas de uísque, que chegam a custar R$ 4 mil no mercado, eram preenchidas manualmente com produto falsificado. O suspeito, preso nesta terça-feira, comprava as garrafas e lacres falsos e as revendia por um preço similar ao original para evitar suspeitas. A delegada Leslie Caran Petrus explicou o processo manual de envase do uísque falso em bombonas.
Esta prisão faz parte de uma operação coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) contra uma rede criminosa envolvida na produção e venda de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A ação resultou em seis prisões e 20 mandados de busca e apreensão cumpridos em diversas cidades paulistas, incluindo São Paulo, Santos e Araraquara. O foco da operação é apreender materiais usados na falsificação e reunir provas.
A adulteração com metanol é especialmente perigosa, e o Brasil já registra 32 casos confirmados de intoxicação, com cinco mortes em São Paulo, elevando a preocupação com a segurança do consumidor. A investigação visa desmantelar completamente o esquema e proteger a saúde pública.