A PGR adotou uma estratégia de “fatiamento” das denúncias contra os 40 indiciados no inquérito do golpe de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. A ideia é separar as acusações conforme os diferentes “núcleos” da organização criminosa, o que promete acelerar o processo e levar a julgamento o caso no STF em 2025, antes das eleições de 2026.
Os acusados são envolvidos em seis núcleos, que incluem a desinformação, ataques ao sistema eleitoral e a incitação de militares ao golpe. A PGR espera apresentar as denúncias até março de 2025, com a expectativa de uma possível condenação de Bolsonaro ainda no ano seguinte.
Entretanto, enquanto a acusação tenta agilizar o processo, os advogados de defesa já se preparam para adotar a tese da “terceira via”, buscando desvincular Bolsonaro dos atos golpistas. A situação ainda está em aberto, mas, para muitos, o risco de impunidade parece iminente, o que alimenta o desconforto entre as instituições e a população.