O ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e outros crimes investigados na Lava Jato, deixou a prisão em Maceió e passará a cumprir pena em regime domiciliar. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, devido a problemas de saúde do ex-presidente, que sofre de Parkinson, transtorno bipolar e privação crônica de sono.
Collor estava preso desde a última sexta-feira (26) em uma cela especial em Alagoas, onde cumpria pena após o trânsito em julgado de sua condenação. A defesa apresentou mais de 130 exames médicos, comprovando a gravidade de seu estado. Por isso, a prisão domiciliar foi concedida com restrições, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, visitas limitadas a advogados e a proibição de deixar o país.
O pedido de prescrição da pena, feito pela defesa, foi rejeitado por Moraes, que ressaltou decisões anteriores do STF sobre o caso. A condenação de Collor é relacionada a desvio de recursos na BR Distribuidora, revelados pela operação Lava Jato, e foi confirmada em 2023. Com a mudança para prisão domiciliar, Collor terá acesso a tratamento médico especializado, levando em conta sua idade e condições de saúde.
