domingo, 22/12/2024

Campo Grande é destaque nas exportações e expectativa para 2024 é positiva

Com saldo comercial positivo, a Capital das Oportunidades tem se destacado no cenário do comércio internacional. Com mais de U$ 510 milhões exportados e US$ 420 milhões em importações no ano de 2023, Campo Grande superou os US$ 930 milhões em comércio internacional. Destaque para a carne bovina (congelada/resfriada), representando 61% de tudo que foi exportado pela capital e a soja, em grãos.

China, Canadá e Estados Unidos foram as três principais origens das compras de Campo Grande em 2023, representando 62% das importações. Já Chile, Estados Unidos e Argentina foram os três principais clientes de Campo Grande, representando 44% das nossas exportações. O destaque foi o aumento de 543% nas vendas de soja para o mercado externo, fruto do aumento da produção deste grão na capital e da quebra da safra argentina devido à seca que atingiu o país vizinho no ano passado.

Campo Grande ostenta o título de Capital do Agronegócio, com uma área plantada de mais de 165 mil hectares, a capital sul-mato-grossense possui o maior valor de Produção Agrícola Municipal entre as outras 26. De 2021 para 2022, a área plantada no município de Campo Grande aumentou em 2,45% enquanto o valor da produção teve alta nominal de 9,06% e ainda tem muito espaço para crescer.

Colorful farm fields from above. Sunflower, wheat, rye and corn. Agricultural background

A Capital também testemunhou um crescimento significativo no comércio exterior, especialmente com os países da RILA (Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai). A corrente de comércio com estes países aumentou 34%, subindo de US$ 165,5 milhões de dólares para US$ 222,2 milhões de dólares, o que representa quase 24% de tudo que foi transacionado pela Capital, indicando um fortalecimento nas relações comerciais e na economia regional.

Para o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, que participou no fim do ano passado da III Expedição Rila, há ainda muitos desafios a serem vencidos na megaestrada, mas a vontade política da gestão da prefeita Adriane Lopes em fazer acontecer está sendo fundamental. “Eu entendo que é primordial todo este movimento que vem acontecendo, tanto da Prefeitura de Campo Grande, como de demais órgãos competentes, juntamente com a classe empresarial, que aqui está representada. Eu tenho certeza, que vamos viabilizar o quanto antes essa Rota”, diz.

O corredor Bioceânico tem um traçado de 2.396 quilômetros que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico pelos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, passando por Paraguai e Argentina, até chegar ao Porto de Santos (SP). Encurtando em mais de 9,7 mil quilômetros de rota marítima a distância nas exportações brasileiras para a Ásia.

Outro marco foi a inauguração do escritório comercial da região de Tarapacá (Chile) na cidade. Esse movimento simboliza uma expansão nas oportunidades de comércio exterior e promete aprofundar as relações econômicas no contexto internacional, apresentando oportunidades dos mercados da Ásia-Pacífico.

“Nós temos declarado que Campo Grande será a Capital da Rota Bioceânica, uma rota que muda a economia da região Centro-Oeste do Brasil, uma rota que que traz desenvolvimento. Essa inauguração da sala comercial do Chile aqui na Capital demonstra, na prática, que as perspectivas de avanço no desenvolvimento econômico que estamos buscando já é realidade”, garantiu a prefeita à época.

Para 2024 a tendência é de crescimento, com manutenção dos destaques e a inclusão de outros produtos/serviços na pauta internacional, agregando valor à produção. Isso reflete uma economia robusta e adaptável, apta a responder às dinâmicas globais. Esse cenário proporciona ao empresariado local maior competitividade no comércio exterior, posicionando Campo Grande na vanguarda do desenvolvimento econômico sustentável e integrado.

Mato Grosso do Sul também demonstra força e dinamismo na balança comercial

As exportações de Mato Grosso do Sul no acumulado de janeiro a dezembro de 2023 atingiram o valor recorde de US$ 10,517 bilhões, com crescimento 28,1% superior ao registrado no mesmo período de 2022. As vendas externas sul-mato-grossenses tiveram como principais destaques a soja, celulose, milho, açúcar, farelo de soja, carne bovina e o minério de ferro. No saldo da balança comercial no ano passado, o resultado foi um superávit de US$ 7,5 bilhões, valor 54,3% superior ao verificado em 2022.

Segundo dados do GovMS (Carta de conjuntura do setor externo/jan-2024), a China permanece como o principal destino dos produtos de Mato Grosso do Sul, representando cerca de 43,4% do valor total das vendas externas de 2023. A Argentina registrou aumento de 265,6%, alta referente à forte seca no país, que quebrou mais da metade de sua safra de grãos. Outro parceiro comercial sul-americano que ampliou as operações com o Estado foi o Uruguai, com crescimento de 311,1%.

O MS tem buscado aumentar o valor agregado das nossas commodities, através da indústria de transformação. Para 2024, a tendência é ampliar as exportações de carnes (suína, de aves e bovina) e além dos farelos e também do etanol.

Brasil exportou quase US$ 100 bilhões a mais do que importou, melhor desempenho em 34 anos

É o melhor desempenho do Brasil em 34 anos, quando começou a série histórica. As vendas para outros países superaram as compras internacionais: a diferença entre o que vendemos e o que importamos somou US$ 98,8 bilhões em 2023, um salto de 60% em relação ao ano anterior, quando o resultado foi também positivo com US$ 61,5 bilhões.

Nas vendas, que se aproximaram de US$ 340 bilhões para o exterior, o setor agropecuário foi responsável por quase um quarto, seguido de perto pela indústria extrativista, que retira recursos e insumos da natureza como matéria-prima. Em 2023, as importações perderam fôlego e tiveram uma queda de 11% em relação ao ano anterior. Fecharam em US$ 240 bilhões, o que contribuiu para o superávit da balança.

A venda de soja também foi recorde em 2023, um resultado que contribuiu para que a exportação total do Brasil para a China, principal destino das exportações, passasse de US$ 100 bilhões. União Europeia vem em seguida com 13%; depois, Estados Unidos, Sudeste Asiático e, por fim, Mercosul com quase 7%. Esse resultado aumenta a credibilidade do país e atrai investimentos. O Brasil tem potencial para aumentar a participação no comércio mundial com segurança ao investidor estrangeiro, isso segura o câmbio e tem contato direto com o controle da inflação.

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