As tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros causaram um forte abalo no agronegócio nacional e acenderam o alerta em Brasília. O anúncio feito por Donald Trump elevou a tensão comercial e afetará setores como etanol, suco de laranja, café, carne bovina e ovos. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, é justificada por Washington como resposta a supostos déficits comerciais, embora os dados mostrem que o Brasil tem tido saldo negativo com os EUA há 17 anos.
O governo Lula descartou retaliações imediatas e aposta na diplomacia para evitar o agravamento da crise. Especialistas, como Carlos Cogo, apontam riscos econômicos e geopolíticos, e defendem uma reação estratégica e coordenada com o setor privado. Já Jair Bolsonaro sinalizou que tentará diálogo direto com a Casa Branca. Enquanto isso, os produtores aguardam soluções, temendo prejuízos e a ruptura de cadeias globais vitais para o agro brasileiro.