Na Capital das Oportunidades, superioridade na contratações em relação as demissões, segundo o último relatório do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do mês de julho de 2025. Cenário recebido com entusiasmo na Funsat (Fundação Social do Trabalho), que avalia o estudo por meio do Observatório do Mercado de Trabalho, setor que funciona órgão.

“Movimento que enxergamos diariamente com a nossa atividade de atendimento ao Mercado. A cidade está em pleno desenvolvimento, bastante dinâmica em recrutamentos e quem ganha mais nisso são os trabalhadores. As empresas estão muito empenhadas em contratar, em reter talentos e crescerem junto com este momento do município. Tendência que a nossa Fundação identifica e colabora para ser mantida”, viu sobre o panorama, o titular da pasta, que acumula no ano seis mil encaminhamentos de emprego, João Henrique Lima Bezerra.
Nos primeiros 30 dias do segundo semestre, Campo Grande registrou 583 admissões a mais que desligamentos, número impulsionado por saldos positivos em cinco setores da Economia: Construção Civil (+296), Comércio (+147), Agropecuária (+105), Indústria (+23) e Serviços (+12). Em 2025, a sequência já chega a seis meses com a balança favorável às contratações.
Em julho, o Caged projeta que no município, maior gerador de empregos do Mato Grosso do Sul, foram abertos 12.731 novos postos de trabalho, algo equivalente a 550 contratações por data útil. Já junho, quando houve na cidade 11.637 admissões, o indicador mencionou também o saldo positivo das contratações, porém com a margem superior de 361 vagas abertas, no paralelo com relação às fechadas.
“Esse avanço demonstra uma aceleração no ritmo de contratações, ainda que em patamar moderado”, identificou a coordenadora do Observatório do Mercado de Trabalho, Lenis Rolim.
Na comparação com julho de 2024, o Mercado apresentou desempenho mais fraco conforme o monitoramentodo Observatório, pois o saldo atual (583 vagas) ficou 30% abaixo do registrado um ano antes (837 vagas).
“Isso indica que, apesar de positivo, o ritmo de geração de empregos em 2025 ainda não recuperou o fôlego do ano anterior, o que pode estar relacionado a um ambiente econômico de maior cautela, custos de produção elevados e menor expansão da demanda”, argumentou ainda Rolim ao inspecionar a abordagem.
Em resumo, conforme o Observatório, julho de 2025 confirma a resiliência do setor produtivo formal, com melhora frente ao mês anterior, mas relaciona também uma desaceleração em relação ao ano passado, apontando para um cenário de recuperação gradual.