Campo Grande conta com cerca de 60 mil diabéticos acompanhados pelo SUS, mas enfrenta desafios no tratamento da doença. O atendimento público oferece consultas, exames e medicamentos, mas o acompanhamento regular ainda é insuficiente. Segundo a médica Nayara Lobo, o modelo de saúde vigente foca mais em tratar a doença do que em prevenir e cuidar do paciente integralmente.
Além do tratamento medicamentoso, é fundamental o acompanhamento multiprofissional, com nutricionistas e educadores físicos, o que ainda é pouco acessível. A vulnerabilidade social dificulta o acesso a uma alimentação adequada, agravando os riscos.
Outro ponto crítico é o acesso limitado a medicamentos modernos e insumos essenciais, como fitas para medir a glicemia. A rotina dos pacientes, muitas vezes trabalhadores em horários comerciais, dificulta o acompanhamento contínuo.
Para melhorar a qualidade de vida dos diabéticos, é necessário ampliar a oferta de serviços e mudar a abordagem para um cuidado mais global e preventivo.