A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso e a comercialização domedicamento mirvetuximabe soravtansina, também conhecido como Elahere no Brasil. O medicamento se apresenta como uma nova opção para pacientes oncológicos que não respondem mais à quimioterapia no tratamento de câncer de ovário. O medicamento é indicado para pacientes que apresentam um marcador específico chamado receptor de folato alfa (FRα), e age destruindo os tumores, mas poupando a maior parte das células saudáveis.
Segundo estudos, o medicamento Elahere reduz o risco de progressão da doença e aumenta a sobrevida de pacientes. Estima-se que cerca de um terço das pacientes com câncer de ovário apresentem células tumorais com uma proteína chamada receptor de folato alfa, que é justamente este o alvo do novo medicamento. Para se fazer o uso é necessário realizar um exame de imuno-histoquímica, para identificar se a paciente têm tumores com alta expressão do receptor FRα. Caso o resultado seja positivo, ela pode ser beneficiada pelo medicamento.
O câncer de ovário é uma das principais causas de morte por câncer ginecológico no mundo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 7,3 mil novos casos por ano. A doença, que costuma ser diagnosticada em estágio avançado, tende a reaparecer após o tratamento inicial e é aí que o novo medicamento deve atuar. Estudos apontam que o medicamento Elahere reduz o risco de progressão da doença e aumenta a sobrevida de pacientes. Apesar da aprovação da Anvisa, ainda não há definição sobre a inclusão do Elahere no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ou no Sistema Único de Saúde (SUS).