Diferente dos últimos anos, a demanda da China por soja deverá continuar caminhando em um ritmo mais lento daqui por diante. As compras do maior importador global da oleaginosa não deverão ser, como explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, tão pujantes como em temporadas anteriores. Em setembro, as importações de soja pela nação asiática foram de 7,15 milhões de toneladas, abaixo da média para o mês e ligeiramente aquém das expectativas do mercado. Parte disso está bastante relacionado ao comportamento da suinocultura no país, o que impacta diretamente no complexo soja e, consequentemente no esmagamento.
Para efeitos práticos, em relação ao mesmo mês de 2022, as importações de soja pela China apresentaram uma queda de 7,3%. No acumulado do ano, a produção chinesa de carne suína soma 43,01 milhões de toneladas, 3,6% maior do que no mesmo período de 2022.
“E não há nada muito diferente no horizonte para acontecer que venha promover um pico no consumo de carnes na China”, explica o analista. O Brasil no entanto deverá seguir no centro das atenções dada a sua competitividade, embora para o final deste ano e janeiro de 2024, os EUA devam ser mais competitivos com a chegada da nova oferta. Na sequência a soja brasileira já volta a ser mais barata e a atrair os olhares dos compradores, em especial da China. O momento é de atenção!