Durante audiência no Senado na quinta-feira (15), o senador Sergio Moro (União-PR) e o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, protagonizaram um acalorado bate-boca sobre a responsabilidade nas fraudes envolvendo descontos indevidos a aposentados do INSS.
Moro acusou o governo atual de omissão após denúncias feitas em 2023. Em resposta, Wolney afirmou que as irregularidades só vieram à tona após a Operação Sem Desconto, deflagrada neste ano, e culpou o governo anterior por eliminar o mecanismo de revalidação dos descontos em 2019.
O ministro rebateu as críticas dizendo que, desde as primeiras denúncias, o ministério recebeu informações de que medidas estavam sendo tomadas pelo INSS. Ele ainda questionou se Moro, enquanto ministro da Justiça em 2020, teria agido diante de denúncias da época.
Moro se defendeu afirmando que já havia deixado o governo quando a denúncia foi feita e disse que, se tivesse recebido as informações em 2023, teria agido prontamente.
Wolney reforçou que foi o governo Lula quem acionou a polícia para investigar e encerrar o esquema. A audiência foi convocada para esclarecer a atuação do ministério diante das fraudes que afetaram milhares de beneficiários.