A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou, na última sexta-feira (15), sua resposta oficial à investigação aberta pelos Estados Unidos contra o Brasil, sob alegações de práticas comerciais desleais. A manifestação foi enviada ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) e rebate, com dados e argumentos legais, três pontos centrais da denúncia: tarifas preferenciais, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal.
Segundo a CNA, o Brasil não concede tratamento discriminatório aos EUA, uma vez que seus acordos tarifários preferenciais são limitados e estão em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). A entidade também destacou que o etanol norte-americano já contou com isenção tarifária entre 2010 e 2017, e que as tarifas atuais seguem critérios transparentes e técnicos.
Sobre o desmatamento, a CNA enfatizou que o Brasil possui legislação ambiental robusta e sistemas de monitoramento eficazes. A entidade reafirmou seu compromisso com um comércio internacional justo e reiterou a importância dos EUA como terceiro maior destino das exportações agropecuárias brasileiras.